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sábado, 22 de junho de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

Olá!! 
Bem, hoje estou para fazer uma análise da obra de Lima Barreto: Triste Fim de Policarpo Quaresma. Obra escrita em 1911, inicialmente um romance em folhetim.

Lima Barreto era um mulato, possuía uma linguagem simples e direta que facilitou a compreensão dos leitores populares. Ele sofreu bastante por criticar os poderosos de sua época e teve muitas desilusões. Sendo então esta obra uma forma de Barreto expor suas ideias, fazer suas críticas e mostrar suas desilusões com este país. 

Policarpo é um personagem que seu próprio nome é ''carregado''.  Como seu nome indica ''poli'', muito, e ''carpo'', choro, sofrimento. Seu sobrenome ''Quaresma'', faz referência ao período de penitências e resguardo que começa no fim do Carnaval e se estende por 40 dias.

Ele é ridicularizado por todos por ser bastante patriotista e ser apaixonado por sua pátria, deseja viver os costumes de sua nação e rejeita as formas culturais estrangeiras. Devido esse seu nacionalismo ele é isolado da sociedade, já que possui ideias muito além da alta sociedade carioca do século XIX. 

Seu patriotismo era motivo de chacota, enquanto corruptos vazios formam a elite do país. 

A obra é divida em três partes e correspondem aos projetos de Quaresma. 

A história inicia no Rio de Janeiro, onde ele trabalha como secretário de Arsenal de Guerra e vivia com sua irmã, Adelaide. Dedicava a sua vida ao estudo detalhado sobre o Brasil. 
Nessa parte o protagonista conhece Ricardo Coração dos Outros e Policarpo decide dedicar-se às aulas de violão, pois pensava que este instrumento era a expressão máxima da alma nacional. Entretanto quem tocasse violão nessa época era tido, pela elite, como vadio.

No decorrer da obra o nacionalismo de Policarpo aumenta cada vez mais, até que é tido louco, após escrever um requerimento relatando que a língua oficial do país devia ser o tupi. Sob muita pressão acaba redigindo, por descuido, um ofício em tupi. Sozinho e sem ajuda ele sofre um colapso nervoso. Ele vai parar, então, em hospício. 


Após sair do hospício vai viver em Curuzu, no sítio Sossego. A ida para lá é mais uma de seus projetos de salvar a pátria. Vê na agricultura uma forma de o Brasil crescer. E fica enaltecendo o solo brasileiro, mencionando que é melhor que qualquer solo estrangeiro. Porém, depois de um período ele tem que reconhecer que o solo da região não é bom. 

Corruptos da região tentam envolver Policarpo em seus tramas, sem saber o patriotista que ele é, acaba ganhando vários inimigos poderosos e recebendo várias multas como forma de vingança desses poderosos. 

Ele passa a acreditar que o país precisa de uma grande reforma, com um governo forte e que se preocupe com a nação. Vê a chance de sua ideia ir adiante quando ocorre a revolta da esquadra da Marinha. Policarpo oferece apoio a Floriano Peixoto. Para quem mostra suas ideias, mas acaba sendo reprimido. 

Quaresma escreve uma carta a sua irmã dizendo que fora ferido e que havia perdido as esperanças com a guerra.

No fim da revolta Peixoto envia seus inimigos para uma prisão na Ilha das Cabras. Revoltado ao saber dizer Quaresma escreve uma carta para ele mostrando seu inconformismo com a ação dele. Porém, após isso ele próprio é mandado para a ilha. 

Ricardo Coração dos Outros e Olga ( sobrinha de Policarpo) tentam em vão retirá-lo de lá. Mas ele é tido como traidor e ele então espera a morte certa. 

Devido a isso Policarpo tem um triste fim, pois apesar de sempre lutar pelo país foi tido como traidor e teve muitas desilusões. 



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