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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Orgulho e Preconceito - Jane Austen


Olá, tudo bem com vocês?


A resenha de hoje é de um livro que muitas pessoas já leram ou, ao menos, tem conhecimento acerca do filme originado a partir dessa obra. Eu adoro os livros da Jane Austen e ela também tem um lugarzinho aqui no meu coração, ela é maravilhosa.

Bem, a resenha é do livro Orgulho e Preconceito, sua mais conhecida obra. A qual relata a história da família Bennet, que é composta por cinco filhas mulheres - entre elas Elizabeth e Jane - e, para a sociedade da época, casar todas as filhas era uma grande preocupação da mãe, especialmente, quando a família não possuía muitos recursos, como era a realidade da família Bennet. A qual após a morte do pai da família, todas as filhas perderiam a casa para um primo não tão próximo. 

Porém, mesmo diante dessas circunstâncias, Lizzy é uma mulher à frente de seu tempo e não deseja se casar apenas por conveniências e, sim, quando realmente encontrar um homem o qual ame. Desse modo, ela contrastava do restante da sociedade, que vivia relações mais frívolas, movidas, muitas vezes, pelo interesse. 

Um certo dia, Bingley acompanhado de sua irmã e seu amigo, Darcy, vão para Netherfield Park, onde mora os Bennet. Essa visita causa grande euforia nas jovens solteiras do local quando têm conhecimento que esse jovem de boa família e rico vai passar um período na cidade. 



Num baile, Bingley se encanta com a beleza de Jane, assim como ela, também, simpatiza com o jovem. Enquanto Darcy se mostra mais fechado e não se aproxima de nenhuma jovem, causando repulsa em toda a sociedade local. Apesar de Elizabeth ser uma das que não o aprova muito, ela se aproxima dele, devido a Jane estar tão próxima do melhor amigo do Darcy, o Bingley.



Contudo, Bingley, subitamente, sai da cidade, juntamente à sua irmã e ao seu amigo. Deixando Jane desemparada e Lizzy, de certa forma, aliviada por não estar mais próxima de Darcy, a quem ela tanto julgava. 

Mas a Lizzy e o Darcy ainda se reencontram e muita coisa ainda vai mudar, além dos jovens Bingley e Jane terem uma nova chance de ficarem juntos. 

Bom, a resenha vou encerrar por aqui, mas vale muito a pena ler esse romance, principalmente, as pessoas que, como eu, adoram romances históricos e você ainda vai ter a oportunidade de conhecer a sociedade daquela época e entender como se davam as relações entre as pessoas.



Para quem quiser ver o filme, vou deixar aqui o trailer e minhas recomendações de que o filme é maravilhoso e muito bem adaptado. 



Espero que tenha gostado e que eu tenha consigo passar para vocês um pouco dessa obra magnífica. 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Diário de Uma Paixão - Nicholas Sparks

Olá, pessoal! Tudo bem?

A resenha de hoje é de um livro muito conhecido, se você não conhece o livro, mesmo assim há uma grande possibilidade de já ter visto o filme. 
A resenha contém alguns spoilers, mas nada que prejudique a leitura.

O livro Diário de Uma Paixão conta a história de Noah e Ellie, os dois se conheceram durante as férias de verão. Noah é um jovem simples, sem grandes perspectivas em relação ao futuro, já Ellie é de família rica e com um futuro promissor a sua espera. 

Apesar de parecer inalcançável para Noah, ele insiste em conquista-lá e os dois se apaixonam apesar das diferenças de estilo de vida. O que para os pais da Ellie parecia ser apenas um ''amor de verão'' passa a ter uma seriedade e a família começar a temer a continuidade desse relacionamento, o qual não parece ser algo apenas passageiro. 

E, assim, a família começa a se opor ao namoro dos dois e decide, então, antecipar a volta para casa antes das férias acabarem, para evitar assim que o relacionamento se tornasse ainda mais forte. Ellie luta de todas as formas para impedir que os pais a separem de Noah, mas não consegue evitar a saída da cidade e se vê longe do Noah. 



Porém, antes de partir ele mesmo decide terminar o namoro com ela, porque ele vê que assim seria melhor para Ellie, já que ela poderia continuar seus estudos, construir sua carreira e ter um namorado que tivesse um futuro mais garantido. Apesar de para ele ser difícil uma escolha dessa, ele termina com ela e os dois voltam para suas vidas, porém todos os momentos vividos no verão não foram deixados para trás.

Arrependido e ainda com esperanças de reencontra-lá, Noah escreve para Ellie todos os dias durante um ano, mas nunca obtém uma resposta, pois a mãe dela escondia todas as cartas enviadas por ele. Ellie depois de muito sofrer por essa paixão, consegue continuar a sua vida e fica noiva de Lon. 



Contudo, um certo dia, ela tem notícias do Noah e decide o visitar e, depois disso, se vê divida entre Lon, o noivo que ela já tinha prometido se casar e o qual agradava à família dela, mas que a fazia se sentir muito diferente de quem realmente era; ou Noah, com quem ela podia ser ela mesma e que tinha sido seu primeiro e grande amor. 


Bem, no geral, a história é boa e os personagens também, só que para mim o Nicholas poderia ter escrito muito melhor a história. Ele não é um autor que se destaque pela sua escrita e a maioria dos livros são clichês, mas a quem goste. Eu, inclusive, gosto muito.
Apesar de tudo eu acho a leitura válida, até porque eu adoro um romance água com açúcar, mas tenho que admitir que o filme é melhor que o livro. 
Porém, não tem como não se encantar com o Noah, ele é maravilhoso e perfeito, para mim é o melhor personagem masculino do Nicholas Sparks. 




Espero que vocês tenham gostado da resenha! 
Até a próxima!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Extraordinário - R. J Palacio

Olá, gente! Tudo bem?


Eu já tinha ouvido e lido muito sobre esse livro, mas nunca tive vontade de o ler. Até que eu vi um resenha em um blog que me deixou curiosa sobre ele e, pouco tempo depois, o encontrei bem em conta e como eu me arrependo de não ter lido antes. Com certeza, o título descreve a história e o personagem, simplesmente EXTRAORDINÁRIO. 

O livro relata a vida de August Pullman (Auggie), um garoto de 10 anos que nasceu com um síndrome genética que ocasionou diversos problemas de saúde e uma deformação no seu rosto. Apesar de ter passado por diversas cirurgias plásticas, não possui um rosto considerado normal. Orelhas desniveladas, olhos caídos, uma boca que não expressa tão bem quando ele está sorrindo ou não são algumas das características que fazem com quem as pessoas não gostem de tê-lo por perto. 

Devido ter feito muitas cirurgias, nunca conseguiu ir à escola, pois chegava a fazer várias por ano. Até que com uma situação mais estabilizada, sua mãe sugere que ele vá à escola e comece a ter uma vida igual a das outras crianças. 
Ir a primeira vez à escola, com crianças e um local desconhecidos, de fato, é difícil para qualquer um. Especialmente, para Auggie com um rosto tão diferentes dos demais. 

Apesar de, inicialmente, relutar, ele decide ir à escola mesmo sabendo de tudo que iria enfrentar e do modo como as outras crianças iriam olhar para ele. E a partir disso, ele tem de aprender a lidar com diversas situações, pessoas e com o bullying, ao mesmo tempo que verdadeiras amizades são formadas. 

Com altos e baixos, Auggie cresce com essa nova experiência de vida e, com certeza, não será o mesmo no fim do ano letivo, nem ele, nem seus colegas de classe. 

Algo que achei bem interessante no livro é que ele  é narrado por vários personagens diferentes, pelo próprio Auggie, sua irmã, seus amigos e, assim, você consegue ver vários pontos de vista diferentes. 



O livro é maravilhoso, super reflexivo. E nos faz pensar em como agiríamos diante de uma criança como Auggie. Quantas vezes isolamos alguém ou não nos interessamos por ela só porque parece diferente demais, as vezes nem é algo físico até, mas, simplesmente, muitas vezes, ignoramos o diferente e podemos estar perdendo muito com isso.
Extraordinário é um livro que deveria se espalhar por aí e que mais e mais pessoas pudessem ter o prazer de ler uma maravilha como essa. 



Espero que tenham gostado e, caso não tenha lido, garanto que vale a pena tentar. 
Beijos!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Baleias não me emocionam - Lya Luft

          Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. 
      De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.

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