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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tamanho 42 não é gorda - Meg Cabot

Olá, gente!!

Hoje vou falar de um livro gostoso de ler e maravilhoso para quem quer dar boas risadas.
Uma amiga minha fez propaganda desse livro, como confio no gosto dela, resolvi conferir. Bem, eu nem teria como dispensar, sou apaixonada pela Meg Cabot. 

O livro faz parte da série ''Mistérios de Heather Wells'', esse é o primeiro volume e, pode ter certeza, eu já estou louca para continuar a leitura. Os volumes são:

- Tamanho 42 não é gorda ( Volume 1)
- Tamanho 44 também não é gorda ( Volume 2) 
- Tamanho não importa ( Volume 3) 
- Tamanho 42 e Pronta para Arrasar ( Volume 4)
- A Noiva é Tamanho 42 ( Volume 5)




A personagem principal se chama Heather, uma pessoa bem divertida e é isso que prende tanto na leitura. Embarcar nas aventuras de Heather é muito envolvente. Ela tem 28 anos, é uma ex-cantora teens, sem sucesso, que perdeu o contrato com a gravadora, sua mãe fugiu com o seu dinheiro e seu empresário, além de que seu pai está preso. Ela está mal financeiramente e solteira. 
E depois que deixou sua carreira de cantora está trabalhado em um conjunto residencial estudantil de uma faculdade.

Por não estar com muitas condições financeiras, ela está morando com o irmão do ex-namorado, Cooper, por quem é apaixonada, e sua cadela Lucy, o que restou de seu passado.

Ela leva uma vida cheia de aventura e riscos, principalmente em seu trabalho. Entretanto, quando foi encontrada uma garota no elevador do conjunto residencial estudantil, a polícia  acredita que a menina morreu porque estava fazendo ''surfe de elevador'' e, assim,  não se aprofundam no caso.

Porém, Heather sabe que garotas não fazem esse tipo de coisa, ela fica extremamente intrigada, especialmente quando acontece a segunda morte no conjunto residencial estudantil. Assim, ela procura entender e saber o que está acontecendo, mas sua própria vida corre perigo, porque alguém quer matá-la por estar se envolvendo demais. Desse modo, ela luta para solucionar o caso e também manter-se salva.

É um livro com um leve suspense, recheado de humor e com um toque romântico.
Supeeeer recomendo...

Bjooos e até a próxima! 


sábado, 22 de junho de 2013

Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

Olá!! 
Bem, hoje estou para fazer uma análise da obra de Lima Barreto: Triste Fim de Policarpo Quaresma. Obra escrita em 1911, inicialmente um romance em folhetim.

Lima Barreto era um mulato, possuía uma linguagem simples e direta que facilitou a compreensão dos leitores populares. Ele sofreu bastante por criticar os poderosos de sua época e teve muitas desilusões. Sendo então esta obra uma forma de Barreto expor suas ideias, fazer suas críticas e mostrar suas desilusões com este país. 

Policarpo é um personagem que seu próprio nome é ''carregado''.  Como seu nome indica ''poli'', muito, e ''carpo'', choro, sofrimento. Seu sobrenome ''Quaresma'', faz referência ao período de penitências e resguardo que começa no fim do Carnaval e se estende por 40 dias.

Ele é ridicularizado por todos por ser bastante patriotista e ser apaixonado por sua pátria, deseja viver os costumes de sua nação e rejeita as formas culturais estrangeiras. Devido esse seu nacionalismo ele é isolado da sociedade, já que possui ideias muito além da alta sociedade carioca do século XIX. 

Seu patriotismo era motivo de chacota, enquanto corruptos vazios formam a elite do país. 

A obra é divida em três partes e correspondem aos projetos de Quaresma. 

A história inicia no Rio de Janeiro, onde ele trabalha como secretário de Arsenal de Guerra e vivia com sua irmã, Adelaide. Dedicava a sua vida ao estudo detalhado sobre o Brasil. 
Nessa parte o protagonista conhece Ricardo Coração dos Outros e Policarpo decide dedicar-se às aulas de violão, pois pensava que este instrumento era a expressão máxima da alma nacional. Entretanto quem tocasse violão nessa época era tido, pela elite, como vadio.

No decorrer da obra o nacionalismo de Policarpo aumenta cada vez mais, até que é tido louco, após escrever um requerimento relatando que a língua oficial do país devia ser o tupi. Sob muita pressão acaba redigindo, por descuido, um ofício em tupi. Sozinho e sem ajuda ele sofre um colapso nervoso. Ele vai parar, então, em hospício. 


Após sair do hospício vai viver em Curuzu, no sítio Sossego. A ida para lá é mais uma de seus projetos de salvar a pátria. Vê na agricultura uma forma de o Brasil crescer. E fica enaltecendo o solo brasileiro, mencionando que é melhor que qualquer solo estrangeiro. Porém, depois de um período ele tem que reconhecer que o solo da região não é bom. 

Corruptos da região tentam envolver Policarpo em seus tramas, sem saber o patriotista que ele é, acaba ganhando vários inimigos poderosos e recebendo várias multas como forma de vingança desses poderosos. 

Ele passa a acreditar que o país precisa de uma grande reforma, com um governo forte e que se preocupe com a nação. Vê a chance de sua ideia ir adiante quando ocorre a revolta da esquadra da Marinha. Policarpo oferece apoio a Floriano Peixoto. Para quem mostra suas ideias, mas acaba sendo reprimido. 

Quaresma escreve uma carta a sua irmã dizendo que fora ferido e que havia perdido as esperanças com a guerra.

No fim da revolta Peixoto envia seus inimigos para uma prisão na Ilha das Cabras. Revoltado ao saber dizer Quaresma escreve uma carta para ele mostrando seu inconformismo com a ação dele. Porém, após isso ele próprio é mandado para a ilha. 

Ricardo Coração dos Outros e Olga ( sobrinha de Policarpo) tentam em vão retirá-lo de lá. Mas ele é tido como traidor e ele então espera a morte certa. 

Devido a isso Policarpo tem um triste fim, pois apesar de sempre lutar pelo país foi tido como traidor e teve muitas desilusões. 



terça-feira, 4 de junho de 2013

Vista cansada - Otto Lara Resende

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bomdia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.


Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. 



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